A Associação de Proteção à Maternidade, à Infância e Família de Maringá - APMIF foi fundada em 1954 tendo como objetivo atender as necessidades prementes da comunidade. Funcionou como Clube de Mães, junto ao 1º Posto de Puericultura de Maringá, distribuindo leite, enxovais para bebês e orientando as gestantes.
Em 1975 passou a funcionar como Creche Newton Ribeiro Grein, assistindo os filhos de mães que trabalhavam fora. Mudou para Centro de Educação Infantil Newton Ribeiro Grein – CEI oferecendo educação pré-escolar.
Em 2004 implantou o Programa Bom Aluno – PBA, programa inovador voltado à melhoria da educação do jovem e adolescente. Projeto socioeducativo para adolescentes, atuando para a garantia de direitos sociais e educacionais, oportunizando a socialização, a intensificação dos estudos, a formação técnico-profissional, bem como a prevenção à marginalização, ou seja, possibilitando que possam desfrutar dos direitos sociais e educacionais garantidos pela Constituição Brasileira.
O PBA oferece apoio material (alimentação, uniforme, material escolar, vale transporte) e psicopedagógico (reforço de português e matemática), além de aulas complementares de literatura, redação, inglês, informática, desenvolvimento pessoal e orientação vocacional desde o 7º ano do ensino fundamental até a conclusão do ensino superior ou técnico.
Ao oportunizar esse contraturno pedagógico-cultural a APMIF busca abrir caminhos para adolescentes e jovens talentosos através da educação, ao mesmo tempo em que promove o afastamento das drogas e outras mazelas da marginalidade, preparando-os para construir suas vidas pessoal, profissional e social de maneira responsável e produtiva, com efetivo exercício da cidadania.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ADOTADOS PARA PARTICIPAÇÃO DO PROGRAMA:
Os critérios de seleção são:
Ser estudante de escola pública;
Cursar o 6º ano do Ensino Médio no ano de seleção;
Ter idade compatível com a série (ou com pouca variação);
Ter freqüência escolar anual de 90%;
Possuir boas médias bimestrais em todas as matérias;
Ser de família em situação de vulnerabilidade social;
Ser a família comprometida com o desenvolvimento do filho;
Ser o aluno comprometido com seu desenvolvimento pessoal, educacional e profissional.
Vale dizer que, todos os alunos são submetidos a um processo seletivo, em virtude do número de vagas ofertadas anualmente.
O recrutamento de alunos é aberto ao público mediante divulgação junto às escolas da Rede Pública, através de meios de comunicação e também por meio dos próprios integrantes do PBA.
A seleção é composta de cinco etapas eliminatórias:
a) na primeira é analisada toda a documentação enviada (Ficha de Inscrição devidamente preenchida, Histórico Escolar e análise de situação de vulnerabilidade);
b) na segunda, os alunos passam por uma sondagem de conhecimentos, fazendo provas de Português, Redação e Matemática, as quais seguem parâmetros de base curricular do MEC. Após sua correção é estabelecida uma linha de corte a partir das notas dos alunos e do número de vagas existentes;
c) na terceira, os alunos participam de uma dinâmica de grupo, onde se busca conhecer os candidatos;
d) na quarta, pais e candidatos são entrevistados, visando conhecer a estrutura familiar, esclarecer dúvidas e verificar o real interesse e disponibilidade do aluno e de sua família;
e) por último, são realizadas visitas domiciliares para compreender melhor a situação de vida de cada família.
Após a seleção são admitidos de quinze a vinte alunos por turma. É assinado um termo de compromisso entre as partes – família e PBA-MGÁ, cujo não cumprimento, bem como o desempenho não desejável do aluno poderá resultar em desligamento do programa.
O PBA busca abrir caminhos para adolescentes talentosos, mas com poucas oportunidades, através de uma educação de melhor qualidade, preparando-os com mais ferramentas, sobretudo habilidades sociais e cognitivas que lhes permitam uma realização feliz e responsável de sua vida pessoal, profissional e social. Estes alunos ocuparão bem seu tempo em atividades de contraturno de cunho pedagógico-cultural, estando também menos vulneráveis às mazelas da marginalidade.
Nesse sentido, a ação do PBA resulta na proteção dos adolescentes, na diminuição da evasão escolar, no fortalecimento dos vínculos familiares, na melhora da convivência social diminuindo a exclusão social, na prevenção às drogas, no aumento do grau de escolaridade dos beneficiários, no crescimento pessoal, cultural e socioeconômico dos mesmos e futuramente na promoção de suas famílias, auxiliando-os a se tornarem agentes de transformação social.
A Instituição é mantida com contribuições mensais e/ou anuais de pessoas físicas e jurídicas, promoções e doações em espécie. Atualmente a APMIF administra também o Projovem Adolescente, programa do governo federal destinado a adolescentes e jovens entre 15 e 17 anos.
É um programa que tem como objetivo o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, o retorno e permanência desses usuários na escola ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento de suas habilidades, tais como a capacidade comunicativa, atuação crítica e pró-ativa em seu meio social e no mundo de trabalho.
Os adolescentes participam de oficinas temáticas, que abordam conteúdos sobre direitos humanos e sócio-assistenciais, trabalho, cultura, meio ambiente, saúde e lazer, como dança, jogos cooperativos e esportes.
Com a execução adequada do Projovem através de aprendizagens construtivas, a APMIF tem o propósito de encontrar um caminho que atenda as demandas e anseios de seus usuários, que lhes dê as bases necessárias para seu amadurecimento e constituição de uma vida adulta sadia e bem sucedida, tornando-os cidadãos conscientes de seus deveres e direitos.
Concluí-se que com a execução dos Projetos contribui-se para que esses alunos se tornem agentes de transformação de sua situação sócio-econômica através do apoio psicopedagógico e profissional recebido. Além disso, se busca, a maior prazo, o aumento da escolarização e a qualificação profissional no nível técnico e/ou superior. Esta formação influencia e intensifica a consciência cidadã dessas famílias, isto é, desenvolvimento sócio-econômico brasileiro e o combate à pobreza por intermédio da educação complementar e formação profissional, via educação formal.
Desta forma à medida que estes alunos são encaminhados para uma vida profissional mais garantida diminuem-se as chances de trilharem caminhos tortuosos, tais como: o uso de drogas, a gravidez precoce, a prostituição, a criminalidade, a desestrutura familiar o que, conseqüentemente, também representa economicidade para os cofres públicos, maior que isto é a formação de uma consciência cidadã e responsável, além da competência laboral que inclusive repercute e influência a própria família.